terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cecilia Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.

Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.

Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista.

No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.

Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia).

O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.

No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.

Manuel Bandeira, sobre Cecília Meireles e sua poesia:

Concha, mas de orelha;
Água, mas de lágrima;
Ar com sentimento.
Brisa, viração.
Da asa de uma abelha.
Cecília, és tão forte
e tão frágil.
Como a onda ao
termo da luta.
Mas a onda é
água que afoga:
Tu, não, és enxuta.

Algumas de suas obras:

- Espectro - 1919
- Criança, meu amor - 1923
- Nunca mais... - 1923
- Poema dos Poemas -1923

Fonte: www.suapesquisa.com
Fonte Imagem: iserj.net

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rachel de Queiroz

Nascida numa família de intelectuais no dia 17 de novembro de 1910, em Fortaleza (CE), Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Era prima do escritor José de Alencar e teve como tataravô Bárbara Pereira de Alencar, uma das líderes da revolta republicana deflagrada no Nordeste em 1817.

Em 1930, publicou seu primeiro romance, O Quinze, que narra o drama dos flagelados da seca e a pobreza dos nordestinos. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, teve papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.

Em 1939, foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).

Em 1992, publicou o romance Memorial de Maria Moura, que deu a Raquel diversos prêmios, entre eles o "Romance do Ano", conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, o "Intelectual do Ano", conferido pela União Brasileira de Escritores e o "Prêmio Camões", concedido em Lisboa para o melhor autor do ano em língua portuguesa.

Na política, a escritora participou da campanha que levou à derrubada de Getúlio Vargas em 1945 e ajudou nas articulações do golpe de 1964, que depôs João Goulart.

Rachel de Queiroz morreu no dia 4 de novembro de 2003, aos 92 anos, poucos dias após ter sofrido um acidente vascular cerebral.

Fonte: mulher.terra.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Anne Frank

O anexo secreto fica na Rua Prinsengracht, 263, em Amsterdã (Holanda). Eram cômodos escondidos nos fundos de uma fábrica, onde Annelies Frank escreveu a maior parte de seu diário, um dos símbolos da perseguição aos judeus durante o regime de Hitler.

Chamada pelos pais de Anne, a filha do comerciante judeu Otto Frank emigrara com a família para Amsterdã em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha.

Quando Anne completou 13 anos de idade, ela ganhou um caderno para diário, encapado com tecido xadrez vermelho e verde e fechado por um fecho simples, sem chave. Nesse mesmo dia ela escreveu: "Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (12 de junho de 1942).

No dia 14 de junho de 1942, ela começou a escrever sobre a ocupação na Holanda. Um mês após seu aniversário, para evitar a prisão pela polícia nazista, a família se mudou para o anexo secreto onde Anne escreveu grande parte de seu diário.

Assim começou o cotidiano do esconderijo onde vivia com os pais, a irmã e mais quatro pessoas. Foram 25 meses de medo. A tensão era enorme para manter o silêncio absoluto durante o dia. A fábrica funcionava normalmente, e somente alguns empregados sabiam do anexo. Por isso, as pessoas só podiam andar de cócoras descalças, ficar sentadas e sussurrar. Apenas uma escada e uma estante as separavam do resto do armazém.

A entrada na clandestinidade foi planejada por Otto Frank e alguns empregados. Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl alimentaram os Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. "Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros", escreveu Anne.

Mas ela não perdia a esperança. Queria ser escritora. Por isso, em 1944, reescreveu o começo do diário, para uma futura publicação como cartas a uma amiga imaginária, Kitty. Como qualquer adolescente, ela descobria sua sexualidade em um breve idílio com Peter, outro garoto escondido no anexo. Ninguém no esconderijo sabia do diário.

O esconderijo, porém, foi descoberto na manhã do dia 4 de agosto de 1944, e os clandestinos ficaram numa prisão em Amsterdã até o dia 8, quando foram transferidos para Westerbork, campo de triagem para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro, foram deportados para Auschwitz (Polônia).

Anne e Margot, sua irmã, foram separadas dos pais e transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover (Alemanha), onde morreram de tifo. O único sobrevivente foi Otto Frank, libertado pelo exército russo e repatriado para Amsterdã, onde recebeu o diário, protegido por Mep Gies. Ele dedicou-se a espalhar as mensagens de sua filha até morrer em agosto de 1980.

"Cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. (...) Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não me conhecem", escreveu Anne em seu diário, de certa forma profeticamente.

O "Diário de Anne Frank" foi traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista.

Fonte: www.netsaber.com.br