quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ruth Handler

É bem possível que você nunca tenha ouvido falar em uma senhora chamada Ruth Handler, mas com certeza já brincou com a boneca que ela inventou.

BIOGRAFIA:

Sabe aquelas pessoas que fazem a diferença? Aquelas que são criativas e que enxergam longe? Pois é, Ruth Handler, a idealizadora da Barbie, era assim. Mais do que criar um simples brinquedo, ela criou um ícone, uma boneca que ganhou o mundo e levou ao público um pouco da história dessa mulher. Por isso, ela é também um pouco mãe das mulheres de todas as idades que seguiram à risca o seu ensinamento: podemos ser o que quisermos.

Ruth era uma das dez filhas de um casal de imigrantes poloneses. A menina nasceu e foi criada em Denver, no Colorado (EUA). Quando adolescente, durante um baile no colégio, conheceu Elliot Handler, com quem, depois de vários anos de noivado, se casou. O casal teve três filhos: Barbara, Ken e Skipper.

Em 1945, Elliot, junto com seu amigo Harold Matson, fundou a Mattel. No início, a empresa ficava em uma espécie de garagem e vendia molduras de madeira. Como hobbie, produziam móveis de brinquedo com as sobras da madeira. Pouco depois, Matt saiu da sociedade e os Handler passaram a dar ênfase a produtos infantis lançando, em 1947, uma linha de brinquedos musicais.

Um dia, observando a filha Barbara, Ruth percebeu que a menina adorava brincar e recortar bonecas de papel. Era assim que ela confeccionava as suas bonecas, deixando de lado os bebês, bastante comuns na época. Foi daí que veio a idéia de criar uma boneca que refletisse uma adolescente.

A encomenda foi feita ao designer Jack Ryan, em 1958: Ruth pediu que a boneca tivesse três dimensões e um ar mais adulto. A patente foi requerida e conseguida no mesmo ano. A novidade estava pronta para ser apresentada ao mundo.

Em 1959, nasceu Barbie - batizada com o apelido da filha do casal. E, como todas nós já sabemos, foi um sucesso. Apresentada ao público na Feira de Brinquedos de Nova York, a boneca que fugia do convencional vestia maiô listrado e sandálias nos pés.

A previsão, no entanto (e ironicamente), não era das melhores: a boneca fracassaria por fugir dos parâmetros habituais. Mas Ruth não se abateu e acreditou em seu projeto. Ela queria que as crianças tivessem a oportunidade de sonhar com metas de vida, do início ao fim da brincadeira. E Barbie daria asas à imaginação: com ela, a menina poderia ser o que quisesse. Parece que a estratégia deu certo: só no primeiro ano de existência, foram vendidas 351 mil bonecas.

A partir da criação da Barbie, Ruth foi acusada de fazer com que as crianças projetassem a vida adulta. A sociedade ainda era bastante fechada e as meninas brincavam, até então, exclusivamente com bonecas-bebê, ensaiando para a vida de mãe e dona de casa que os costumes da época impunham. A empresária tinha, portanto, conseguido o que queria: alavancar uma revolução.

E a Barbie ajudou, justamente, as mulheres a conquistarem liberdade. Na sua autobiografia (publicada em 1994), Ruth Handler deu, no entanto, uma boa resposta aos que a acusaram de estereotipar a beleza feminina: "Minha filosofia, ao criar a Barbie, é a de que, através dela, meninas podem imaginar que são a mulher que bem entenderem. A Barbie sempre representou as diversas escolhas que a mulher tem a sua disposição". E ela não estava fazendo tipo: Barbie poderia ser loira, morena, ruiva e negra, além de ter a profissão que desejasse.

No início da década de 60, a Mattel contabilizou um lucro de cerca de 500 milhões de dólares. Além de roupinhas diversas e da Skipper, a irmã da Barbie, Ruth criou o Ken, o namorado da boneca, em 1961. O nome do boneco também teve origem na família de Handler. Ele foi batizado com o nome de seu filho, falecido anos mais tarde (1994), vítima de um tumor no cérebro.

Anos depois, Ruth deixou a Mattel. Descobriu um câncer e se submeteu à retirada do seio onde o tumor havia se instalado. Depois do episódio, aderiu às campanhas de conscientização e criou a empresa Nearly Me, que fabricava próteses para mamas. Além de mudar a forma como seriam feitas as próteses no futuro, a empresa renovou a confiança das mulheres. Ruth queria ajudá-las a desenvolver seu potencial. A empresa foi vendida por US$ 1 milhão.

Ruth Handler morreu aos 85 anos, em Los Angeles, na Califórnia, no dia 27 de abril de 2002, devido a complicações pós-operatórias. A empresária havia retirado um outro câncer, dessa vez no colo do útero, meses antes. No entanto, antes de deixar o mundo cor-de-rosa que criou, ela viu sua Barbie ser a boneca mais conhecida e vendida no mundo.

Sua maior herança para nós, mulheres - e um pouco filhas, netas e bisnetas de Ruth - é essa criação que tanto nos inspira. Independente da idade de cada uma de nós, a Barbie é e sempre será um clássico que traz alegrias, histórias, culturas e nos lembra de como é bom ser mulher.

Fonte: movimentorosa

Um comentário:

Nanda disse...

Uau!!!
Superinteressante... essa mulher é uma vitoriosa!!!!! Que inspiração...
Beijo.