sexta-feira, 4 de junho de 2010

Maria Callas

Uma voz cortante, poderosa, capaz de levar o ouvinte a abismos de paixão ou de dor lancinante. Maria Callas é a emoção superlativa. Uma diva única, quase força da natureza. Quem viu seus olhos expressivos, a visceral interpretação de suas violetas, rosinas, turandots, lucias e normas jamais voltará a se conformar somente com uma bela voz de soprano. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos. Em sua pele, nenhum personagem de ópera era ficcional. O sangue fervia, a dramaticidade explodia, puro êxtase. Butterfly era um lamento nunca ouvido, Magdalena a voz da emoção, e Violeta morria de olhos abertos, encarando uma platéia atônita e chocada.

"Gostaria de ser Maria, mas é "La Callas" que exige que eu a porte com dignidade." A declaração de Maria Callas expressa bem sua condição de cantora lírica que se tornou diva e - mais que isso - um dos grandes ícones do século XX.

Descendente de gregos, nascida casualmente em Nova York, Maria Callas viajou aos treze anos para Atenas, na Grécia, onde iniciou seus estudos de canto com Elvira de Hidalgo.

Em 1941 fez sua primeira apresentação profissional, em Atenas, interpretando Beatrice, da ópera "Bocaccio". Durante alguns anos, continuou cantando em Atenas. Em 1947, fez sua estréia na Itália, em Verona, no papel de Gioconda. Esta produção foi dirigida pelo maestro Tullio Sefarin, que passou a ser seu mentor musical. A partir daí, Callas obteve grande sucesso cantando em várias cidades italianas, incluindo o célebre teatro La Scala de Milão.

Em 1949 casou-se com Giovanni Battista Menegghini, de quem separou-se dez anos depois.

Em 1952, estreou no Covent Garden, em Londres, e em seguida cantou nos principais casas de ópera dos Estados Unidos, como as de Chicago, Nova Iorque e Dallas. Ao longo dos anos 1950, Maria Callas representou os principais papéis femininos de óperas consagradas, além de interpretar peças musicais menos conhecidas. Dona de uma voz potente e de grande amplitude, Callas coloriu com seu talento dramático e expressividade grande parte do repertório operístico.

Em 1959, Callas conheceu o armador grego Aristóteles Onassis, por quem abandonou seu marido. Seguiu-se uma fase conturbada de sua vida, em que freqüentemente era manchete de jornais, por seu estilo de vida e temperamento forte. Três anos depois, Aristóteles Onassis deixou Maria Callas para casar-se com Jacqueline Kennedy.

No último período de sua vida, Maria Callas viveu praticamente reclusa em Paris. Sua voz já apresentava sinais de desgaste. Realizou alguns concertos e chegou a dar "master classes" na famosa Julliard School de Nova Iorque, entre 1971 e 1972. Realizou também um grande número de gravações.

Maria Callas morreu em Paris, de um ataque cardíaco, antes de completar 54 anos. Deixou registradas inúmeras composições, incluindo várias óperas completas, muitas delas gravadas ao vivo. Enquanto o enterro percorria a rua Georges Bizet, centenas de parisienses que choravam saudaram a passagem do esquife com a saudação que emocionava Maria na saída dos teatros: “Brava Callas!, Brava Maria!”. Na primavera de 1979, suas cinzas foram lançadas no Mar Egeu.

"Se você ama a música a ponto de servi-la humildemente, o sucesso acontecerá automaticamente” – Maria Callas

Fontes: www.artelivre.net / educacao.uol.com.br



3 comentários:

Nanda disse...

Maria Callas foi uma mulher intensa!!! Voz eterna...
Bj!

Carol disse...

Assisti um filme sobre ela e me apaixonei!!!
Adorei ver as fotos.
Bjos.

Carol disse...

Assisti um filme sobre ela e me apaixonei!!!
Adorei ver as fotos.
Bjos.