sexta-feira, 1 de abril de 2011

KAREN BLIXEN


Karen Dinesen, por casamento Blixen, conhecida mundialmente por Karen Blixen, nasceu em Rungstedlund (Dinamarca), no seio de uma família aristocrata e rica, em 17 de Abril de 1885. A mãe foi a primeira norueguesa eleita para o Parlamento. Aos 10 anos o pai de Karen, militar, escritor e desportista, suicida-se provavelmente na sequência de ter contraído a sífilis, uma doença quase tão grave como hoje a Sida. Karen teve uma educação primorosa, ligada às artes, e aos 22 anos começa a publicar pequenas histórias. Sabe-se que Karen teve irmãs, que com ela estudaram francês, na Suiça. Aos 28 anos casa com o Barão Bror von Blixen-Finecke e partem para África, onde Karen vai gerir uma plantação de café perto de Nairobi. Com o início da Grande Guerra , em 1914, aquela parte de África ficou sob domínio da Grã-Bretanha. Em 1915, Karen regressa à Dinamarca para se tratar da sífilis, contraída pelo contacto com o marido. O homem da sua vida, Denys Finch Hatton (1887 – 1931), conheceu-o aos 30 anos. Em 1925, Karen está divorciada do marido e vai viver um ano na sua casa da Dinamarca. Embora tenha redigido esporadicamente para jornais dinamarqueses, foi com “Gotic Tales” (1934), que escreveu em inglês sob o pseudónimo de Isak Dinesen, que realmente iniciou a sua carreira literária. O interesse de Karen por África começou meramente pelo gosto dos safaris, desporto da moda, para gente rica, durante o século XIX e parte do séc. XX, quando as mentalidades achavam normal matar animais por prazer e fretar africanos para lhe fazer todos os trabalhos que os brancos, como colonos, não faziam. Quando Karen publica, em 1938, o seu mais conhecido romance “Out of Africa” (traduzido para português como África Minha) é já uma mulher com larga experiência de convívio com africanos. O livro é autobiográfico e viria a ser adaptado, com enorme sucesso, ao cinema. Muitos dos seus livros posteriores foram publicados simultaneamente em inglês e em dinamarquês. Ehrengarda, a Ninfa do Lago (1963), foi publicado no ano seguinte à morte de Karen Blixen, ocorrida em 1962. Também ficou conhecida com o nome masculino Isak Dinesen, que publicou obras-primas como "A Festa de Babette". Quando envelheceu, ficou “meio anoréxica”, mas mantinha as boas companhias — minha Nossa! — e que companhias!.

Fontes:
blogdamartabellini.blogspot.com
www.leme.pt
miltonribeiro.opsblog.org/Imagem

Um comentário:

Vanuza Pantaleão disse...

Fantástica, essa Karen! Eu li e vi A Festa de Babette. Marvilhosa...
Um lindíssima homenagem, amiga!
Beijos