domingo, 6 de junho de 2010

Chiquinha Gonzaga

Filha de uma mulata e de um militar de família abastada, Francisca Edwiges Gonzaga nasceu na época da escravidão e foi educada para ser uma dama. Enfrentou forte preconceito pois sua postura a colocava à frente de seu tempo, no entanto realizou seu desejo de tornar-se compositora. Revolucionou os costumes e a música popular da época.

Lutou pelo respeito aos direitos autorais; freqüentou a vida boêmia tocando piano em grupos de choro, bailes e teatros, enquanto as mulheres daquele tempo ficavam em casa, cuidando da vida doméstica; introduziu o violão, instrumento até então considerado de malandro, nos salões do Rio de Janeiro; foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país; e compôs a primeira música de carnaval, a marcha Ô Abre Alas (1899), que se tornou o seu maior sucesso e é tocada até hoje nos bailes carnavalescos do país. Chiquinha Gonzaga cresceu ao som de polcas, maxixes, valsas e modinhas.

Casou-se aos 16 anos, separando-se dois anos depois. Com o filho ainda no colo, foi recebida pelo meio musical carioca. Sua primeira composição de sucesso foi a polca Atraente, de 1877, feita quando era integrante do conjunto Choro Carioca, no qual foi introduzida pelo flautista Antônio da Silva Calado. Editada na véspera do carnaval, a música agradou ao público e levou suas composições populares para dentro dos salões cariocas. Em 1880, escreveu e musicou o libreto Festa de São João, que manteve inédito. Em 1885 estreou como maestrina em parceria com Palhares Ribeiro, compondo a opereta em um ato A Corte na Roça. Compôs ainda A Filha de Guedes (1885), O Bilontra e a Mulher-Homem (1886), O Maxixe na Cidade Nova (1886) e O Zé Caipora (1887), entre 2 mil composições.

Chiquinha participou ainda, ativamente, da campanha abolicionista e foi fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

Fonte: netsaber.com.br

2 comentários:

SolBarreto disse...

Quando vi a historia dessa mulher na miniserie me encantei com a sua força e sua coragem pra enfrentar a vida e fazero que queria em uma epoca de total controle masculino...
Me fez pensar quantas mulheres existiram e ainda existem por ai com essa garra, essa força, essacoragem de enfrentar tudo e todos para mudar coisas que nao tem nenhum sentido?E orque muitas vezes so tomamos conhecimento da existencia delas assim tão tarde?
Por isso acho sensacional essse blog...porque voce tras a tona essas mulheres guerreiras e nos tras de volta a vontade de vencer tambem!

Nanda disse...

Ela foi grande... A conheci melhor por causa do especial da Globo... Infelizmente, poucos brasileiros reconhecem seus artistas mais clássicos...
Beijinhos.